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Título: Experiências vividas, naturezas construídas: enchentes no Pantanal (Porto Murtinho - 1970-1990)
Autor(es): Leite, Eudes Fernandes
Kmitta, Ilsyane do Rocio
Data do documento: 2010
Citação: KMITTA, Ilsyane do Rocio. Experiências vividas, naturezas construídas: enchentes no Pantanal (Porto Murtinho - 1970-1990). 2010. 238 f. Dissertação (Mestrado em História)-Universidade Federal da Grande Dourados, Dourados, 2010.
Resumo: RESUMO - A relação do homem e natureza, no Pantanal, sua interação com os ecossistemas, o seu modo de perceber e relacionar-se com as peculiaridades do ambiente, é marcada pelo ciclo das cheias e de sua antítese, as secas. As experiências humanas em uma região historicamente valorizada, principalmente por suas características ambientais, são nossa proposta para discussão. Utilizando a metodologia da história oral, procuramos conhecer as experiências dos sujeitos, suas práticas cotidianas e sua trajetória de vida, enquanto morador nos pantanais, especialmente em Porto Murtinho, MS. Para compreender como a história local contempla, em suas características e modificações, o fenômeno das enchentes, buscamos fazer uma leitura da história a partir da memória de um povo que considera a enchente um fenômeno natural, porém marcante na região do Pantanal, e as estratégias humanas construídas para a sobrevivência em áreas tradicionalmente afetadas pelas águas. Os homens modificam a paisagem e o espaço ao seu redor, e são por eles modificados, seja no passado ou no presente. Essa rede de relações não se explica apenas ou somente pelo aspecto político, mas também pelo aspecto social, religioso, cultural e econômico e possibilita o entendimento de que a ação humana, individual ou coletiva, não é apenas uma determinante identificável, mas elabora significações próprias, que favorecem a compreensão de que essa região encerra características que ultrapassam a visão midiática e edênica do Pantanal, que significa a região como um paraíso de espécies animais, reserva da flora e fauna, alienando, em boa medida dessa representação, o homem pantaneiro e sua história. Nesse contexto, a enchente, sob a ótica da História Cultural, produz uma ressignificação do que é um morador urbano no Pantanal e permite compreender por que as cheias nem sempre são um problema para essa região.
URI: http://hdl.handle.net/123456789/219
Aparece nas coleções:FCH - Mestrado em História (Dissertações)



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