A implantação do teletrabalho na sociedade neoliberal e suas (in)consequências: análise sobre os reflexos na proteção trabalhista.

Abstract

A globalização advinda especialmente do neoliberalismo, com as rápidas evoluções tecnológicas, converge para uma nova modalidade de trabalho: o teletrabalho. Com a mundialização do mercado de capital, o modelo neoliberal influencia sobremaneira na postura dos Estados e na conjuntura social. O teletrabalho se configura na possibilidade de o trabalhador realizar suas atividades fora da empresa através de meios telemáticos. A fim de apresentar o teletrabalho a partir de uma perspectiva mais crítica e realista, contrária à exposta pela mídia de massa, faz-se necessário contrapor às benécies da volta ao lar as complexas conjunturas sociais, políticas e econômicas desencadeadas pelo teletrabalho. Como a amplificação de contratos de trabalho fluidos e flexibilizados, o trabalho precarizado, desregulamentado e sub-valorizado e principalmente o desemprego estrutural. Dessa forma, busca-se, no presente trabalho, utilizando o método dedutivo de abordagem e por técnica de pesquisa a bibliográfica em fontes secundárias estudar e demonstrar que a omissão estatal, pressionada por interesses coorporativos e de organizações internacionais, como é o caso do Brasil, tem propiciado um cenário de propagação exclusiva do capital neoliberal deixando de lado proteções sociais e trabalhistas, o que coaduna com o crescimento da miséria a nível mundial.