Reação de genótipos de cana-de-açúcar em resposta ao sporisorium scitamineum

Abstract

A cana-de-açúcar, Saccharum officinarum, é um dos principais produtos agrícolas do Brasil. O país ocupa o primeiro lugar no ranking mundial de produção e exportação de açúcar e etanol, sendo Mato Grosso do Sul um dos grandes produtores. O carvão é uma das doenças mais importantes da cultura, podendo causar perdas de até 100% da produtividade. Uma das formas de evitar os danos causados pelo fungo Sporisorium scitamineum na cana-de-açúcar, pode ser dada pela adoção de cultivares tolerantes/resistentes. Isto pode ser alcançado por meio de programas de melhoramento genético, utilizando técnicas de inoculação e avaliação da doença sob os genótipos. Neste aspecto, este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de quantificar a doença do Sporisorium Scitamineum em um clone e duas variedades de cana-de-açúcar e estimar sobre a tolerância/resistência ao patógeno. O experimento foi conduzido em delineamento de blocos casualizados, com quatro repetições, em área da fazenda experimental da UFGD, no período de 2015/2016 em Dourados/MS. Foi realizada a inoculação de uma suspensão de teliósporos de Sporisorium scitamineum em 4 genótipos de cana-de-açúcar, com reações diferentes ao carvão. Foram avaliadas as características: número total de touceiras (NTT), número total de perfilhos (NTP), número de plantas doentes (NPD) e número total de chicotes (NTC). Os dados foram analisados em blocos ao acaso com medidas repetidas no tempo. O resultado das quantificações do carvão entre os genótipos da cana-de-açúcar, não foram significativos para os caracteres de número de plantas doentes (NPD) e número total de chicotes (NTC). No entanto, por meio das médias e representações gráficas, foi possível verificar que a incidência do fungo variou entre os genótipos. A variedade A considerada de reação desconhecida ao carvão, apresentou valores médios de incidência de plantas doentes similares ao do clone A e da variedade B, considerados de reação susceptível ao patógeno Sporisorium scitamineum. A variedade C não apresentou sintomas da doença mesmo diante da inoculação do patógeno, confirmando a sua reação de resistência.