A agenda 21 e a responsabilidade ambiental das empresas

Abstract

Temas relacionados à preservação e à proteção ambiental passaram a integrar a agenda das relações internacionais, tanto no campo acadêmico quanto no campo diplomático, a partir do final da década de 1960. A importância da temática ambiental para as Relações Internacionais passou a ter maior relevância devido à exploração dos recursos naturais, que alteraram o equilíbrio ambiental, uma vez que não se tem tempo suficiente de se regenerarem os recursos. O desenvolvimento sustentado sobre os moldes capitalistas, que, com o advento da globalização, acabou se espalhando por todo o mundo, é considerado insustentável do ponto de vista ambiental. Nesse contexto, o setor industrial, tem sido visto como o principal vilão do meio ambiente. Apesar de muitas de suas ações comprometerem, de fato, a qualidade ambiental, com o passar do tempo suas políticas e processos foram se modificando, de acordo com as normas e legislações ambientais. A adequação ambiental, que antes era vista como despesa pelo setor industrial, hoje passa a ser vista, por algumas empresas, como uma vantagem competitiva, além de agregar valor ao produto. O presente trabalho tem por objetivo analisar as políticas de responsabilidade ambiental realizadas pelo setor empresarial. Tendo como base de estudo a Agenda 21, documento resultante da Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro em 1992, mas também levando em consideração a perspectiva empresarial sobre o desenvolvimento sustentável. Pretende-se, portanto, avaliar as práticas empresariais que contribuem para a manutenção do meio ambiente. Veremos que o próprio setor empresarial possui suas recomendações, e que muitas dessas recomendações são compatíveis com as recomendações estabelecidas pela Agenda 21.