Extração do óleo da amêndoa de barú e aplicação como agente microencapsulante de nanopartículas de ferro e ácido fólico por coacervação complexa

Abstract

As nanopartículas ou nanoestruturas são materiais cujo tamanho podem chegar a atingir 200nm, uma das nanopartículas grandemente estudadas é a hematita (Fe2O3), em decorrência de suas características térmicas, magnéticas e seu tamanho, que as tornam extremamente interessantes tanto nas áreas biológicas como identificadores de bactérias patogênicas como também nas áreas médicas, nos sistemas de entrega de drogas, onde podem ser encontradas associadas com algum outro fator, como o ácido fólico cuja eficiência no combate ao estresse oxidativo já é conhecido. Além das características benéficas próprias dos óleos vegetais, os obtidos a partir da amêndoa do baru, são ricos em ômega-6, ômega-9 e em tocoferol, agregando diversos benefícios ao seu consumo. A microencapsulação é uma técnica empregada tanto pelas indústrias farmacêuticas e médicas como um eficiente sistema de entrega controlada de fármacos, quanto pelas indústrias alimentícias com diversos intuitos, sendo alguns deles: mascarar o sabor para aumentar a aceitabilidade, aumentar a estabilidade, temperatura e umidade, reduzindo reações indesejadas com outros compostos alimentícios. As nanopartículas de Fe2O3 foram obtidas através do método de pechini, submetido à temperatura de 400°C, maceração e novamente foi levado a mufla a 400C. Para a extração do óleo, triturou- se 5g das amêndoas de barú para aumentar sua superfície de contato com o solvente extrator,o qual foi utilizado 20ml de hexano, após 48 horas realizou- se a filtração e rotaevaporação, para a obtenção das cápsulas foi realizado o método de microencapsulação coacervativa, compostas pelas etapas de: (a) emulsificação de 1g de óleo de baru contendo 0,02g de nanopartícula de Fe2O3 com a gelatina e levado a agitação a 1400 rpm por 1 minuto, seguido a incorporação de 19,6g de solução de goma arábica, e no produto final foi adicionado 0,1g de ácido fólico e levado a agitação por 24 horas. Foram então realizadas análises por espectroscopia de FT-IR, caracterização da amostra por UV-Vis e para as análises referentes a encapsulação foi com o auxílio de um microscópio óptico com captura de imagem. A microencapsulação da nanopartícua em conjunto com o óleo proveniente da amêndoa de barú se mostraram promissores tanto para sua utilização como um alimento funcional, quanto para a produção de drogas, pois houve a microencapsulação de ambos, indicando a possibilidade de síntese de um importante carreador e liberador de drogas de maneira controlada.